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Economistas paranaenses são destaques em ranking científico internacional

by Roberto Cirino
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Quatro economistas paranaenses, sendo três da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e um da Universidade Tecnológica Federal do Paraná foram destaques no cenário internacional, na lista divulgada pela AD Scientific Index o Ranking for Scientist – World Scientist and University Rankings 2021, onde estão os nomes dos cientistas mais influentes no Mundo e as suas Universidades. E representando a classe dos economistas paranaenses estão Pery Francisco Assis Shikida,  Lucir Reinaldo Alves,  Jandir Ferrera de Lima e Christian Luiz da Silva.

O AD Scientific Index usa o total de valores dos últimos 5 anos do índice i10 (número de publicações com, no mínimo, 10 citações), do índice h (que quantifica a produção científica a partir das citações dos trabalhos) e de pontuações de citação no Google Scholar. Além disso, faz a proporção do valor dos últimos 5 anos ao valor total dos índices acima mencionados. Em outras palavras, o Índice Científico AD fornece tanto a classificação acadêmica quanto os resultados da análise. Assim, cientistas e universidades podem obter suas classificações acadêmicas e monitorar a evolução da classificação ao longo do tempo. Conheça um pouco dos economistas citados, como foi receber esse reconhecimento, qual sua motivação e o recado que eles deixam para outros economistas e acadêmicos.

Pery Francisco Assis Shikida

O economista Pery Francisco Assis Shikida, comentou que sua atuação produzindo conhecimento científico começou desde o primeiro ano da graduação, em 1984, e foi intensificado em sua entrada na Unioeste, em 1992. Ele reforçou a importância de sempre contar com grande ajuda de professores, de muitos colegas de trabalho e alunos da graduação, mestrado e doutorado, nesta área de pesquisa.

Sobre a classificação no ranking desenvolvido pela AD Scientific Index, disse que recebe com gratidão este reconhecimento e agradece a todos que contribuíram neste processo. “O grande presente que a gente ganha quando obtém um êxito, não é o louvor, é o alívio de não ter decepcionado os outros e a si mesmo. E, precisamos sempre agradecer a Deus, familiares, amigos(as), Unioeste e outras IES que nos acolheram, CNPq, Capes, Fundação Araucária, SOBER, ABER, CoreconPR, entre outros”.

Ele ainda estende a gratidão às pessoas e instituições que sempre o apoiaram. “Isto é regra, independentemente de ser laureado ou reconhecido, gratidão é uma coisa, retribuição é outra. E por fim, temos continuar trabalhando com ética e sempre prezando pela qualidade, até quando o Grande Arquiteto do Universo permitir.”

O economista ainda deixa mensagem aos estudantes e economistas. “Dê todo o seu suor e sangue naquilo que faz, e faça com amor, honrando o trabalho! Se o futuro entender este seu presente de luta e dedicação, você estará em paz com o seu passado!”

Lucir Reinaldo Alves 

O economista Lucir Reinaldo Alves, que se formou na Unioeste, em 2005, e já neste período as atividades científicas e de pesquisa em projetos de iniciação científica e do grupo de pesquisa em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (GEPEC). Estas experiências na área de pesquisas, segundo ele, foram fundamentais e fizeram a diferença no seu mestrado e doutorado.

Ele fala sobre a sua satisfação em fazer parte deste ranking. “É com muita alegria que vejo o meu nome nessa lista. Foi inesperado. Em uma universidade onde estou como docente desde 2008, que possui tantos pesquisadores de excelência, eu não esperava estar entre os 100 da Universidade. Fiquei muito feliz. É um resultado que reflete todo o esforço e dedicação desses 13 anos como docente e pesquisador da Unioeste”, destaca.

Alves ressalta a importância do colegiado nos processos de pesquisas que realizam em grupo. Cita o Núcleo de Desenvolvimento Regional, que possibilita avançar em pesquisas e extensão de forma cooperativa. “Então, esse resultado da lista dos cientistas mais influentes não reflete somente o meu nome, mas de todos os que participaram comigo nesses mais de 13 anos de pesquisa na Unioeste”.

Para os estudantes, ele diz que todo o esforço e dedicação que empregam no ensino, pesquisa e extensão, não é feito para aparecer em rankings, mas por conta de uma vocação, e uma forma de contribuir para a melhoria da sociedade de alguma forma. “Alunos aproveitem muito a oportunidade de estar em um curso superior, se envolver com projetos de pesquisa e extensão dos seus professores. Esse envolvimento só vai trazer resultados positivos. Aproveitem as oportunidades!!!

Ainda destaca que quando era aluno de graduação recebeu dois prêmios do Corecon (de artigo de aluno de graduação e de monografia). “Foram os primeiros prêmios que recebi em 2005 e 2006. Desde então, as demais conquistas têm sido resultado de muita dedicação e comprometimento, e aqui fica mais uma mensagem: se dediquem e se comprometam em tudo o que vocês se envolverem, pois terão muitos resultados positivos quando isso acontecer”.

Jandir Ferrera de Lima

O economista Jandir Ferrera de Lima atua há 25 anos, na Unioeste Toledo, na área de pesquisa e extensão, com foco de trabalho em Desenvolvimento Regional e Desenvolvimento Territorial, se preocupando com as desigualdades regionais em sua produção científica.

Ele comenta sobre o seu ter saído no ranking internacional científico. “A primeira sensação é a de gratidão e a segunda de reconhecimento, por que ao longo do tempo nós fazemos um conjunto de pesquisas de interesse da sociedade regional até internacional, e no momento que seus trabalhos são citados e referenciados, é sinal que o trabalho que você desenvolveu no ambiente da pesquisa da extensão e da inovação, tem o reconhecimento de outros pesquisadores. Então isso é muito importante. E, cabe lembrar que a pesquisa na área de econômica tem uma aplicação muito prática, tanto é que muitos dos instrumentais que são testados e desenvolvidos em campo, são incorporados por outros economistas em suas atividades diárias como ferramentas de análises num conjunto de ações eles trabalham”.

Para o cientista sua principal motivação é saber que aquilo que é desenvolvido no ambiente da pesquisa, tem ajudado a sociedade de modo geral. “Muitos dos apontamentos que foram feitos por pesquisadores da Unioeste, por exemplo, ao longo dos últimos anos sobre questões regionais, algumas foram incorporadas pelo Governo do Paraná e usados nas políticas públicas, aplicadas ao longo do tempo. É certo que ainda há muito o que fazer, porém nossa contribuição vem dando cada vez mais tendo visibilidade, e isso tem ajudado e motivado para que façamos um trabalho ímpar, em termos de qualidade e aplicação prática para que as pessoas possam fazer uso disso no seu dia a dia e também resolver uma série  de  problemas que afetam não somente o Estado”.

Ele aproveita para registrar que o colegiado de Economia da Unioeste Toledo conta com aproximadamente 15 docentes e todos eles têm tem trabalhos premiados e trabalhos que tem muita leitura e muita citação em plataformas de disseminação do conhecimento. “Isso é um reflexo do bom trabalho que os economistas paranaenses vêm desenvolvendo. O Paraná tem profissionais gabaritados na área de economia, colocando o nosso Estado em relevância nacional, não apenas pela qualidade de pesquisa científica, mas também dos seus profissionais”.

Aos economistas e estudantes, ele diz que devem ser resilientes. “Apesar das crises, dos problemas que enfrentamos no dia a dia, é muito importante sempre avançarmos, estarmos de cabeça erguida, porque as crises passam e depois da crise vêm os momentos de bonança. Apesar de todas as dificuldades que pode haver, sempre tem que ter certa esperança de dias melhores e trabalhar pra isso. Não basta ser apenas um profissional diplomado, tem que ser um profissional motivado e buscar seu diferencial no mercado, e isso faz a diferença e vale para todos os setores”.

Christian Luiz da Silva

O economista Christian Luiz da Silva, que é cientista da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, comenta que são mais de 20 anos de dedicação nesta área de pesquisa, e que ela sempre foi uma paixão, desde a graduação em economia. E, ele vem se dedicando à pesquisa sobre questões, especialmente, no que se refere à dinâmica do processo de desenvolvimento das regiões.

Silva comenta que recebe esse reconhecimento com muito carinho, pois ele foi construído ao longo de sua carreira. “Em cada fase os reconhecimentos  servem como estímulo para se continuar o trabalho, sempre com muita dedicação a este nosso campo. Assim foi quando recebi o Prêmio Paraná de Economia em 1999 e o Prêmio de Economista do Ano em 2010, além de outros prêmios por orientações promovidos pelo CoreconPR. Cada premiação nos estimula a continuar e estas premiações fortalecem a caminhada para ter este reconhecimento em um ranking internacional.”

Ele ressalta ainda que a sua maior motivação é compreender como se decorre o processo de desenvolvimento e pode-se influenciar para sua melhoria a partir da interação dos agentes, como o Estado, por meio das políticas públicas. “As particularidades do tema em cada região e os temas transversais, como saneamento, resíduos e economia circular, são assuntos fundamentais, a meu ver, para entender o processo de desenvolvimento”.

Ele também deixa uma mensagem aos acadêmicos e aos já economistas, de que a carreira a ser seguida é aquela motiva sempre a aprender. “Decidi estudar economia porque me realizava e me estimulava a continuar sempre pesquisando e estudando. Isso só se fortaleceu com o tempo. Por isso, a melhor escolha para nossa carreira sempre é aquela que nos motiva sempre a aprender e se desenvolver mais.”

O CoreconPR parabeniza estes economistas e suas instituições pela contribuição nesta área científica de pesquisa sempre em prol da sociedade.

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